quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Contemplação do Mundo

Estava com saudade de postar aqui e, por algum fenômeno sobrenatural consegui um tempo. Não que eu não tenha milhões de trabalhos para fazer, mas um intervalo entre um e outro já basta por enquanto.
Novidades? Ah, sim! Bienal Paralela de Arte! Apesar de achar que a divulgação está sendo bem sutil, gosto de espalhar a notícia que ocorrerá na minha escola. É legal estar tão perto de representações artísticas, com significados inexplorados ou inexploráveis. Enquanto lutamos para decifrar uma obra, ficamos surpresos com a quantidade de interpretações possíveis para um único traço, uma única forma. E cada vez mais sinto que não sei arte, que tenho muito a aprender com quem vê a sociedade pintada de Magenta (PARIGI, Rodolpho - Magenta Mushroom), ou silênciosa, que chora (VINCI, Laura - Estudo nº1). Nada se compara à sensação de sair da escola pensando, tentando entender um artista, uma intenção.
Além de todo o pensamento artístico, ou melhor, provocação artística experimentada nesse tempo, todo o trabalho que tiveram em nos ensinar como atender cada pessoa, o cuidado que devemos ter ao falar, ao explicar, ao descrever. Posso dizer que só comecei a ver as dificuldades enfrentadas por uma pessoa com deficiência após me sentir como uma. Não que isso seja ruim, de forma alguma. Mas percebo que a sociedade está pouco preparada para recepcionar essas pessoas na rua. Entende a vontade crescente de aprender LIBRAS, de me atentar ao tipo de piso, de ajudar qualquer um que me apareça? Acho que começo a pensar mais como um ser humano, em sua humanidade.
Por mais que eu tenha fica mais de 12 horas na escola durante 3 semanas; por mais que eu não consiga dormir bem, por dormir tarde e acordar cedo; por mais que eu me atrase no conteúdo da escola, tenha que adiar alguns trabalhos, não me arrependo de ter escolhido fazer parte disso tudo. Cabe a mim, agora, aproveitar do jeito certo.

Curtindo muito tudo isso...
S.T.P