Novidades? Ah, sim! Bienal Paralela de Arte! Apesar de achar que a divulgação está sendo bem sutil, gosto de espalhar a notícia que ocorrerá na minha escola. É legal estar tão perto de representações artísticas, com significados inexplorados ou inexploráveis. Enquanto lutamos para decifrar uma obra, ficamos surpresos com a quantidade de interpretações possíveis para um único traço, uma única forma. E cada vez mais sinto que não sei arte, que tenho muito a aprender com quem vê a sociedade pintada de Magenta (PARIGI, Rodolpho - Magenta Mushroom), ou silênciosa, que chora (VINCI, Laura - Estudo nº1). Nada se compara à sensação de sair da escola pensando, tentando entender um artista, uma intenção.
Além de todo o pensamento artístico, ou melhor, provocação artística experimentada nesse tempo, todo o trabalho que tiveram em nos ensinar como atender cada pessoa, o cuidado que devemos ter ao falar, ao explicar, ao descrever. Posso dizer que só comecei a ver as dificuldades enfrentadas por uma pessoa com deficiência após me sentir como uma. Não que isso seja ruim, de forma alguma. Mas percebo que a sociedade está pouco preparada para recepcionar essas pessoas na rua. Entende a vontade crescente de aprender LIBRAS, de me atentar ao tipo de piso, de ajudar qualquer um que me apareça? Acho que começo a pensar mais como um ser humano, em sua humanidade.
Por mais que eu tenha fica mais de 12 horas na escola durante 3 semanas; por mais que eu não consiga dormir bem, por dormir tarde e acordar cedo; por mais que eu me atrase no conteúdo da escola, tenha que adiar alguns trabalhos, não me arrependo de ter escolhido fazer parte disso tudo. Cabe a mim, agora, aproveitar do jeito certo.
Curtindo muito tudo isso...
S.T.P
S.T.P